Doença Renal Crônica pode estar associada à diabetes?

Doença Renal Crônica pode estar associada à diabetes?

Você sabe o que é DRC? A Doença Renal Crônica são todas as doenças onde há alteração da função renal persistente por mais de 3 meses, diminuindo a filtração do sangue e assim afetando algumas de suas funções.

Também é definida como a diminuição do Ritmo de Filtração Glomerular (RFG) abaixo de 60 ml/min/1,73m2 ou presença de lesão renal definida por proteinúria/dano estrutural, com duração acima de 3 meses (National Kidney Foundation, 2002).

Estágios da Doença Renal Crônica

Segundo a KDIGO, a DRC é subdividida em estágios (0, 1, 2, 3a, 3b, 4 e 5), com base no ritmo de filtração glomerular.⠀

– Estágio 1: fase de lesão com função renal normal ou. aumentada = TFG ▶ 90.: 1,7% da⠀população de 20 anos e mais.⠀

– Estágio 2: fase de insuficiência renal funcional ou leve. = TFG 60-89.: 2,8% da população de 20 anos e mais.⠀

– Estágio 3: TFG 30-59: DRC moderada.⠀

– Estágio 4: TFG 15-29 DRC grave.⠀

– Estágio 5: TFG ◀15: falência renal, ou Insuficiência renal crônica terminal. Nesse estágio haverá indicação de diálise conforme avaliação do médico nefrologista.⠀

Em todos os seus estágios, a DRC é um fator de risco independente para doenças cardiovasculares, sendo considerado um “equivalente de risco cardiovascular”. 

Ressalta-se ainda que a presença de proteinúria é fator de risco adicional e independente do conferido pela própria DRC. ⠀

Pacientes nos estágios 4-5 (RFG ◀ 30 ml/min) devem ser referenciados para serviço de nefrologia, assim como aqueles que tiverem albuminúria ▶300 mg/24h (ou albumina/creatinina urinária ▶300 mg/g).⠀

Como prevenir a Doença Renal Crônica? 

Alguns hábitos e posturas podem ajudar a evitar a Doença Renal Crônica (DRC): 

– Mantenha a diabetes e pressão arterial controlada: em níveis exagerados, a probabilidade de desenvolver a DRC é ainda maior. 

Isso porque a aterosclerose – formação de placas de gordura na artéria renal – causa uma sobrecarga do trabalho de filtração dos rins.

– Fique de bem com a balança: manter o peso ajuda os rins a trabalharem melhor. 

Pessoas com o Índice de Massa Corporal (IMC) saudáveis ficam protegidos dos pés à cabeça e os filtros naturais saem ganhando.

– Adote uma alimentação equilibrada: tome cuidado com o excesso de gordura e prefira os alimentos ricos em vitaminas e fibras, pois isso colabora para a manutenção das funções renais.

– Remédios só com orientação médica: seja para uma simples dor de cabeça ou para uma doença mais grave, só use medicamentos com orientação médica. 

A dor pode até ser solucionada momentaneamente, mas, a longo prazo, quem pode sofrer são seus rins.

Diabetes e Doença Renal Crônica

A diabetes mellitus ou diabetes melito é uma doença crônica caracterizada por graus variáveis de resistência e deficiência insulínica. 

E por não apresentar um bom controle, o número de pessoas com essa doença está aumentando na maioria dos países.⠀

Isso porque as pessoas que recorrem ao uso de medicamentos não querem mudar hábitos de vida, como fazer uma dieta saudável, fazer exercícios físicos regularmente e não fumar.⠀⠀

A Doença Renal Crônica pode estar associada ao diabetes que, por sua vez, se instala de maneira gradativa, assintomática e evolui com perda de função renal, sendo necessário tratamento com diálise ou transplante, e pode prejudicar a qualidade de vida e até aumentar o risco de morte prematura.

A chance de quem tem diabetes desenvolver doença renal  é de 30%. A nefropatia diabética, alterações nos vasos sanguíneos dos rins que leva à perda de proteína por meio da urina, é classificada em estágios de 1 a 5, do mais brando ao mais avançado, e que leva o paciente a necessitar de terapia renal substitutiva, que pode ser diálise ou transplante renal.⠀

A prevenção da nefropatia diabética está relacionada a: ⠀

– Bom controle glicêmico, principalmente nos primeiros 10 anos após o diagnóstico⠀

– Controle da pressão arterial

– Dieta sem excesso de proteína

– Parada do hábito de fumar⠀

– Controle dos níveis das gorduras do sangue⠀

Além disso, o paciente não pode usar medicamentos sem orientação médica e usar remédios que possam lesar o rim.⠀

Realizar exames rotineiros para checar a presença de proteína na urina ou se o ritmo de filtração glomerular está em declínio ou não é outra forma de prevenção.

Por isso é fundamental para o diabético realizar exame de urina 1 anual e também microalbuminúria.⠀

 

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