Quem pode fazer transplante renal?
Como é feito o transplante renal?
No transplante renal, um rim saudável de uma pessoa viva ou falecida é doado a um paciente portador de insuficiência renal crônica avançada.
Esse paciente pode estar em diálise ou pré diálise (chamado de transplante preemptivo).
Através de uma cirurgia, esse rim é implantado no paciente e passa a exercer as funções de filtração, e eliminação de líquidos e toxinas. ⠀⠀
A cirurgia dura em geral de três a quatro horas, e consiste em implantar o novo rim na região inferior do abdômen.
Sendo unidos os vasos sanguíneos do receptor ao órgão transplantado, além de implantar o ureter (estrutura que leva a urina do rim para a bexiga) do novo rim na bexiga do paciente. ⠀
Quem pode ser doador de rim?
Dentre os dois tipos de doadores, temos os vivos, que podem ser parentes ou não, e os falecidos.
No caso dos doadores falecidos, conta-se com um processo que vai desde o diagnóstico de morte encefálica, até a autorização dos familiares.
Sendo necessário que o paciente esteja inscrito na lista única de receptores de rim, da Central de Transplantes do Estado, onde será feito o transplante.
Segue-se também, padrões rigorosos definidos pelo Conselho Federal de Medicina, realizando-se diversos exames para certificar o bom funcionamento dos rins do doador.
Como também, se não possui alguma doença que possa ser transmitida. Importante analisar o paciente com maior compatibilidade, pelo fato de ser menor o risco de rejeição.
Na situação do doador vivo, desde parentes até os que não são, podem ser doadores.
O processo mantém o rigor, sendo necessária uma autorização judicial (no caso de não parentes) e a certificação de que não há riscos tanto para o doador, quanto para o receptor.
Criança pode fazer transplante renal?
O transplante renal em crianças é a modalidade terapêutica que tem sido responsável por dar uma chance de maior sobrevivência a crianças com doenças renais crônicas.
A indicação é feita para pacientes com necessidade de diálise crônica por insuficiência renal devido a uma causa base. ⠀
Quando as crianças entram no estágio IV da doença renal crônica, deve ser iniciado o seu preparo para o transplante.
Sendo realizada uma avaliação minuciosa de seu estado geral, sorologia, situação vacinal, identificação de possíveis doadores vivos e análise imunológica.
Isto é, a tipagem HLA e painel de células com anticorpos pré-formados, uma avaliação vascular e cardiológica, entre outras. ⠀
Ao transplantar crianças, porém, há uma dificuldade extra: o tamanho.
Não há um consenso sobre o limite mínimo de idade ou peso para a indicação do procedimento, apesar de que alguns centros restringem a indicação baseando-se nesses parâmetros.
Além disso, as demandas metabólicas, imunológicas e hemodinâmicas são diferenciadas nesta faixa etária. ⠀
Nesse sentido, a evolução das técnicas operatórias foram cruciais na consolidação do transplante em crianças, especialmente nas menores de 5 anos.
As crianças possuem uma fossa ilíaca pequena, portanto, existe dificuldade na exposição do campo operatório e falta de espaço adequado para colocar o novo rim.
Ainda mais, se esse for proporcionalmente maior, além é claro, do risco de compressão do enxerto. ⠀
Atualmente, o transplante renal pediátrico deve ser realizado o mais precoce possível, para evitar longos períodos de diálise.
Isso porque, uma vez que a insuficiência renal crônica está associada a falhas no crescimento, notam-se manifestações de uremia em crianças maiores e alterações no sistema nervoso central. ⠀
Se transplantar não for possível, a melhor opção seria manter a diálise peritoneal com seguimento com nutricionista.
Sendo necessário considerar um transplante com doador adulto, assim que a criança tiver um tamanho adequado. ⠀
O rim transplantado dura para sempre?
Não é possível responder esta pergunta de modo generalizado, em face de cada caso ser um caso.
Alguns pacientes podem permanecer com os rins transplantados funcionando por mais de 10 anos, enquanto outros, podem ter duração mais curta. ⠀
Isso acontece por conta de algumas características do paciente que recebeu o órgão, como:
– Número de transfusões sanguíneas;
– Transplantes anteriores;
– Intercorrências no momento do transplante renal.
É importante saber que outros fatores também podem prejudicar o bom funcionamento do órgão.
Como as infecções urinárias, obstruções na via de saída de urina e rejeição aguda ou crônica. ⠀
Por isso, não é possível afirmar se o transplante durará para sempre. Cada caso é um caso, e tudo depende de como o paciente e o órgão estão. ⠀
Quem passa por um transplante renal precisa seguir uma dieta especial?
Muitos pacientes transplantados não sabem da importância de seguir uma dieta especial, mas ela garante que novos problemas sejam evitados. ⠀
Alguns alimentos podem ajudar nisso, como:
– Frutas (melão, maracujá, laranja, pera, ameixa vermelha, amora, mamão, figo, tamarindo, uva, abacate, lima-da-pérsia, banana-prata, banana d’água, damasco);
– Legumes e verduras (batata inglesa e doce, milho-verde, cenoura, beterraba, acelga, aipo, couve manteiga, couve-flor, couve de Bruxelas, palmito em conserva, rabanete, tomate, almeirão, brócolis, espinafre, mandioca, mandioquinha, chicória);
– Carnes;
– Leite e derivados;
– Grãos (feijão, ervilha, lentilha, soja e grão de bico).
Ainda, existem alguns alimentos que devem ser consumidos em menores porções. Entre os hábitos que devem ser mantidos, estão:
– Ingerir frutas, verduras e legumes, de preferência cozidos;
– Descasque as frutas, verduras e legumes, e deixe de molho ou os cozinhe em bastante água. ⠀
Além disso, os substitutos do sal, como dietético ou light, são ricos em potássio e devem ser evitados. ⠀
– Prefira alimentos frescos, aos enlatados e embutidos;
– Evite queijos amarelos e curados (parmesão, provolone, prato, queijos cremosos, brie);
– Evite salgadinhos de pacote; ⠀
– Use moderadamente condimentos e molhos;
– Evite temperos em pó e em cubos;
– Evite sopas prontas.